Projetos de Pesquisa

(2025) - As 'curupiranhas' da Amazônia: Artivismo queer afrodindígena, interseccionalidades e resistências culturais LGBTQIA+ não-brancas no Norte do Brasil

O objetivo deste estudo é analisar, por meio de uma lente analítica interseccional, o artivismo queer afroindígena e as resistências culturais de pessoas LGBTQIA+ não-brancas no Norte do Brasil, compreendendo suas manifestações, expressões e significados no contexto amazônico. O dictério curipiranha é um neologismo que surge da união entre as palavras curupira e piranha. Curupira, palavra de origem tupi, se refere a um ser mítico da floresta, protetor das matas e que tem os pés virados para trás. E piranha é uma metáfora para pessoas que tem uma vida sexual livre, desprendida de valores monogâmicos (Sena; Borges, 2021, p. 17). Nasce o termo como uma rasura nos modos coloniais de nomear nossos corpos dissidentes, não apenas no gênero, sexualidade, raça/etnia e classe, mas no território (Sena; Borges, 2021, p. 16). É uma maneira de produzir música que chama à métrica discursiva musical as existências queer como maneiras de fazer (Certeau, 2014) arte que irrompam com a disciplinarização dos corpos e dos saberes e ao mesmo tempo nos reivindicam o direito de existir de modo não-precário. Busca-se, aqui, mapear e caracterizar as iniciativas de as iniciativas de artivismo sonoro queer afroindígena na Região Norte do Brasil, identificando grupos, coletivos, ações e artistas que desenvolvam trabalhos que abordem diversidade sexual e de gênero em suas linguagens, temáticas e formas de atuação e investigar como a música é utilizada como ferramenta de expressão, resistência, empoderamento e (re)existência por pessoas LGBTQIA+ não-brancas na Região Norte, contribuindo para visibilidade, reconhecimento e valorização das diversidades sexuais e de gênero no Norte do Brasil, a construção de identidades LGBTQIA+ não-brancas, na promoção de direitos e no combate à lgbtfobia no campo artístico e nas políticas culturais.

(2023-2024) - Currículos, sons e criações: cartografia dos processos de implementação da BNCC no ensino de música em escolas de Ensino Fundamental e Médio de Boa Vista/RR

Este projeto de pesquisa pretendeu investigar, por meio de uma postura cartográfica, os processos de implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no ensino de música nas escolas públicas de Ensino Médio em Boa Vista, capital do Estado de Roraima. Desde 2008, o ensino de música é obrigatório nas escolas de educação básica no Brasil, entretanto, não possui um componente curricular específico, fazendo parte do ensino de arte, parte da BNCC. A BNCC, por sua vez, define o conjunto de aprendizagens essenciais que devem ser ensinadas e, por meio de competências para o ensino de arte e habilidades dentro da unidade temática música, apresenta uma diretriz para confecção das propostas curriculares estaduais, como é o caso do Documento Curricular de Roraima (DCRR). Por isso, um dos principais motores em nossa investigação é a experiência-vivida de professoras/es nos cotidianos escolares e suas produções curriculares cotidianas. Esperamos, com esta pesquisa, apresentar um mapa da situação do ensino de música em Roraima e da aplicação das políticas públicas curriculares para seu ensino. Este projeto contou com duas bolsas de Iniciação Científica: Alan Delon Moraes de Souza (CNPq) e Romel Silva Matão Bonfim (UFRR).

Acesse as produções deste projeto: